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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Resenha: Fluam, minhas lágrimas, disse o policial


Fluam, Minhas Lágrimas, Disse o Policial
TÍTULO: FLUAM, MINHAS LÁGRIMAS, DISSE O POLICIAL
AUTOR:  PHILIP K. DICK
EDITORA: ALEPH EDITORA
PÁGINAS: 256
NOTA: 

 


SINOPSE: 
No romance Fluam, minhas lágrimas, disse o policial, Philip K. Dick explora os limites entre percepção e realidade, criando uma impressionante distopia na qual Jason Taverner, um dos apresentadores mais populares da TV, um dia acorda sozinho num quarto de hotel e percebe que tudo mudou; que se tornara um ilustre desconhecido. E pior. Descobre que não há qualquer registro legal de sua existência.

Dividido agora entre duas realidades, ele vê-se obrigado a recorrer ao submundo da ilegalidade enquanto tenta reaver seu passado e entender o que de fato aconteceu, dando início a uma estranha busca pela própria identidade. Ao unir à trama desconcertante uma sensível incursão no comportamento e nas emoções humanas, Philip K. Dick prende o leitor e faz desse livro um de seus trabalhos mais comoventes.

Escrito em 1974, Fluam, minhas lágrimas, disse o policial (Flow My Tears, the Policeman Said) foi publicado pela primeira vez no Brasil nos anos 1980, sob o título Identidade Perdida: O Homem que Virou Ninguém. O livro foi indicado aos prêmios Nebula, em 1974, e Hugo, em 1975, ano em que venceu do prêmio John W. Campbell como melhor romance de ficção cientifica.


   Philip K. Dick de novo, êêêêêê! Resenha do livro O Homem do Castelo Alto aqui. Então, sem mais delongas.
   Em um futuro que para nós já não é mais futuro (1988), Jason Taverner é um apresentador de TV, cantor e um rico pra ca**lho. Logo, bastante conhecido. Vive no meio de um governo totalitário, uma mão de ferro, envolto a várias coisas bizarras que de começo não fez sentido algum em minha cabeça, mas, que, mais tarde, começou a fazer sentido, como o sexo "virtual" via telefone, é isso mesmo?
   Como disse, ele e rico, tem uma amante igualmente famosa, faz parte de um grupo, dos 7 se não me engano, mas, de um dia para o outro - literalmente - tudo muda... Ele passa a ser uma pessoa totalmente desconhecida, não tem nem certidão de nascimento, o coitado. Dados da policia? Nada. Alguém o reconhece? Também não. Pronto, fodeu. O que ele tem a fazer, na verdade, o que resta para ele fazer? Conseguir identificações falsas, claro. Com pontos de averiguação, digamos assim, a cada esquina, praticamente, é impossível sair sem identidade, uma vez que irão lhe confundir com um estudante e você irá parar em um campo de concentração.
   Mas ele consegue, protagonistas sempre conseguem, afinal, ele é o protagonista, oras. Ele é levado até uma garota super boa na arte de criar identificações falsas, mas por um informante da policia!!! Nada a acontece a ele, não se preocupem. E a própria garota fabricadora de identidades é uma informante dos nacs (acho que é isso), mas no que ele está pensando? Em ir para a cama com ela!!! Ela é piradinha, diz que tem um noivo ou namorado em um campo de concentração e que vai tira-lo de lá, mas mesmo assim ajuda ele a passar pelos policiais como se ele existisse (ele existiu, na verdade, mas antes.)
   Jason também tem uma amante. Como não iria ter se ele é esse fodão, era. Heather Hart. Também cantora, também famosa, estava no seu "último" programa. Mas ela também o esquece, todos para quem ele tenta ligar o esqueceram, até mesmo seu empresário - acho que é empresário (preciso me lembrar mais das coisas). 
   Existe também o policial, general, Féliz Buckman, que fica encarregado do caso de Jason em algum momento do livro. Ele é irmão, hehe, de Alys, que logo simpatiza com Jason e o ajuda em um determinado momento. Há uma mulher viciada em sexo por telefone, Ruth, que Jason conheceu quando era famoso. 
   Mas ninguém é mais legal que Mary Anne, uma fabricadora de objetos de cerâmica - que Jason quebra um - e que parece se lembrar um pouco de Jason, o que é bom, por que é a partir desse ponto que as coisas começam a "melhorar" para Jason, mas ainda há algumas coisas pela frente.
   Fora isso, Philip K. Dick novamente me fez ficar pensando sobre o livro por alguns dias, me apresentou personagens maravilhosos, um cenário diferente, uma distopia maravilhosa. Não é melhor que O Homem do Castelo Alto, mas deve ser um dos melhores trabalhos do autor, quero muito ler os próximos. 


   "Fluam, minhas lágrimas, emanem da fonte! Deixem-me, para sempre exilado, a lamentar; Onde canta sua infâmia a ave negra e triste, Deixem-me viver com meu pesar." (pág. 07)

   Esta resenha ficou tão curta, estou tão envolvido com outro livro que a editora me mandou, espero escrever uma resenha maior para esse outro livro. Espero que tenham gostado e até mais!!!

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