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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Resenha: A Casa de Avis - Calicute: Marcelo Mússuri

A Casa de Avis
TÍTULO: A CASA DE AVIS - CALICUTE
AUTOR: MARCELO MÚSSURI
EDITORA: NOVO SÉCULO
PÁGINAS: 376

NOTA: 


SINOPSE: Jaime, filho do Duque de Bragança, o homem mais rico e influente de Portugal, tem apenas seis anos quando o pai é condenado à morte e degolado na praça de Évora. Após ser obrigado a assistir a execução, é enviado ao estaleiro da cidade de Lagos, para ser esquecido e desaparecer definitivamente. O menino resiste e se junta a um pequeno grupo de carpinteiros naquela extenuante rotina de trabalho. Até que uma doença devastadora aniquila a tripulação das caravelas destinadas a cruzar o extremo sul do mundo em busca do caminho para as Índias. O ano era 1488 de Nosso Senhor Jesus Cristo, e Jaime não poderia imaginar que sua vida estaria intrinsecamente ligada à maior aventura de sua nação. Apoiado em verdades históricas, esse romance de tirar o fôlego, desvenda os segredos das intrincadas relações de poder na Corte portuguesa no final do século XV, as sangrentas batalhas medievais, as ordens religiosas e seu extraordinário poderio militar, as fantásticas viagens oceânicas, seus perigos, desastres e a promessa de fortunas inimagináveis. 


   
   Confesso que achei que seria mais um livrinho chato, mas...
   Certamente, A Casa de Avis - Calicute foi uma das melhores leituras do ano. Terminei a lê-lo, sim, mas não por ser chato, muito menos por ter uma narrativa ruim, pelo contrário!, mas sim por que me envolvi muito com os filmes de Resident Evil essa semana que eu quase nem li, mas, como meu cérebro necessitado de uma boa leitura pediu, o peguei para ler ontem a noite e o terminei em menos de duas horas, algo para eu me orgulhar, mas, vamos a história.
  Já devo ter comentado, mas eu não sou fã de prólogos, por mais que esse sejam necessários. Acho que o prólogo conta muito da história ou dá pistas do que acontecerá adiante, porém, pela primeira vez, isso não aconteceu. Nada se revelou com esse prólogo, absolutamente nada.
   Nele, temos uma praça, cheia de gente, um rei observando tudo de cima, alguns guardinhas... Já sabemos o que era acontecer, certo? O terceiro Duque de Bragança (se bem me lembro) é decapitado. E quem estava observando tudo de cima junto com o rei? Seu filho, Jaime, um personagem, na minha opinião, querido e pequeninho no começo (no começo).
     Ver o pai ser morto deveria ter sido horrível, mas não temos indícios alguns de que o mesmo chorou, ou eu não percebi. Momentos depois, nosso Jaime e levado por um grupo de homens para a cidade de Lagos, a ordem do rei, onde ajudará a construir navios. E é nesse lugar que conhecemos Diogo e Dias, ambos viram, também, o decapitamento do Duque, mas claro, no meio da multidão. Ambos percebem que o pobre garoto está amarrado a uma carroça (acho que é uma carroça, certo autor?) e logo tratam de o deixar em uma situação melhor. Temos uma briga, orelhas arrancadas e a vitória de Diogo.
    Não quero que me aprofundar nessa parte, uma das melhores do livro, na minha opinião, Vamos continuar, então.
     Algo que me deixou bastante chateado por a divisão da história. Eu particularmente não gostei do livro ter sido dividido em partes, dez no total, ainda prefiro capítulos, mas nada que mude a história, o rumo, o desfecho, porém foi bem legal, ao mesmo tempo, ele dividir assim.
     Então, em uma certa parte, a segunda eu acho, voltamos ao tempo (adoro isso), e vimos a coração de três príncipes: D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique. Temos D. Afonso, também irmão, mas que não foi coroado por nada, já percebemos, então, que D. Afonso poderá ter uma rixa entre os irmãos.
    Vários coisas vão acontecendo, Diogo e Dias infelizmente deixam Jaime com os construtores, indo embora. Mas alguns anos se passam e eles se reencontram. Isso mesmo! E dessa vez eles vão partir para o mar! Procurar as Índias, se não me engano, sem a autorização, depois que o garoto foi um dos sobreviventes de uma doença que matou milhares. Junto com outros tripulantes, alguns insuportáveis (Paulo, eu não gosto de você) e outros até suportáveis. O capitão, Dias, eu também não fui com o cara, prefiro mil vezes o irmão Diogo (mestre na espada).
       A partir daqui não poderei falar mais nada, acho que darei spoiler.
       Vamos as minhas impressões!
     Primeiro, adorei a escrita do autor, nada cansativa, nada chata. Segundo, que trabalho editorial da Novo Século é esse? A diagramação está maravilhosa, a capa também, mas alguns erros autográficos me deixou um pouco incomodado. Mas, se eu fosse considerar pontos para o trabalho editorial, daria quatro.
     Resumindo, é um livro excelente, cheio de humor (ri muito quando citaram que cairiam no mar, achando, acho eu, que o mundo fosse quadrado e que cairiam), aventura, tragédia (o final... Não quero nem comentar) e, principalmente, a junção de coisas fictícias com reais, algo que deixou a história bem legal.
        Quatro estrelinhas e também favoritei.
        Esperando ansiosamente a continuação!

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Olá tudo bem?
    Parece um bom livro, nunca tinha ouvido falar antes. É nacional né?
    Isso dos livros serem divididos em partes e não em capitulos parece algo bem legal, como nao li nao tenho como dizer, mas me parece um bom modo de iniciar e finalizar um assunto...
    Ah, e não é uma maravilha quando os livros são lindos assim? Gosto muito do conteúdo, mas confesso que escolho meus livros pela beleza rsrs
    Adorei seu blog, ja estou seguindo :)
    Vou tentar passar aqui mais vezes... bjos
    valmedrado16.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. Sim, é nacional sim, e maravilhoso!
      Bem, eu particularmente, não gosto deste tipo de divisão, mas...
      Faço a mesma coisa, vou na livraria com o livro que vou comprar na cabeça, mas chego na hora e compro outro só por causa da capa, ou quando peço algo de parceria para editoras, a mesma coisa.
      Obrigado por seguir, vou seguir o seu e qualquer dia desses eu comento lá!
      Abraços!

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